LOGOMANIA PARA HOMENS

/
0 Comments



Hype no fim dos anos 90, quando era aceitável (e prova de estilo!) usar dos pés à cabeça roupas e acessórios estampados com Ds (de Dior), Fs (de Fendi), LVs (de Louis Vuitton) e Gs (de Gucci) a logomania entrou para o rol de banidos da moda, tornando-se sinônimo de cafona ou statement nouveau riche.
Em mais um polêmico vaivém da moda, eis que os logos tomaram de assalto ruas e passarelas. A boa nova é que não são mais as supergrifes que vêm replicando suas iniciais nonstop – agora é a vez de marcas descoladas e mais acessíveis como Kenzo e Alexander Wang (re)descobrirem que apostar em seus próprios logos como recurso decorativista é tão kitsch que fica até cool.



Escolha sua grife preferida e vista a camisa no melhor clima fã-clube
Você, provavelmente, já torceu o nariz para algum fashionista que se orgulhava de ostentar, estampado no peito, a grife que vestia. Pois reveja seus conceitos. A ideia, que marcou os anos 90, é uma das febres mais quentes do streetstyle atual. Hit máximo durante as temporadas de moda internacionais, o moletom colorido da Kenzo tornou-se must-have e esgotou rapidamente.




Mas de uns anos pra cá a logomania tem ensaiado sua volta, encabeçada pela dupla Carol Lim e Humberto Leon, da Opening Ceremony e Kenzo. É bom esclarecer: sempre existiu camiseta com logo e gente usando, de Lacoste a Osklen. Só que agora a imagem da camiseta do logo voltou a ser um desejo fashionista.  Alguns dos possíveis motivos podem ser:  1º pode ser a massificação via fast-fashion. Porque em matéria de roupa, as pessoas não precisam mais ir ao camelô e comprar pirataria – a fast-fashion traz a tendência da grife cara por muito menos, e a consciência de quem usa até fica mais tranquila, como se a cópia se justificasse pelo local onde você comprou… Mas e quem tem dinheiro pra comprar da grife em si, como faz pra “avisar” que a sua peça não é da fast-fashion? Simples: com um logo gigante em bordado de linha. Aproveita que o logo em si a fast-fashion não pode vender, né? E aí o funk ostentação pode ser a trilha.

Envergar uma logo gigantesca no look tem tudo a ver com a busca por identidade que a moda confere ao indivíduo com a maior facilidade. Basta vestir a camisa, literalmente. “Brega hoje é ser fake, envergar o que você não é, ser maria-vai-com-as-outras”.. É a estética ostentação, que a galera do funk conhece muito bem, no Brasil e nos Estados Unidos, e que contaminou também turminhas que não vieram da periferia.


As grifes de luxo entraram nessa de cabeça e difícil dizer um nome que não tenha uma camiseta com o logo da marca passeando por aí. A Moschino é a mais pop e preferiu agigantar na sua última edição para o verão 2015 os logos conhecidos de marcas ligadas a segmentos distantes da moda, como Mac Donald’s, Bob Esponja e Budweiser.  O divertido Jeremy Scott, estilista da grife italiana, foi muito feliz. Aliás, dizem que os italianos adoram uma ostentação.




You may also like

Nenhum comentário :

Contact

lagoander@gmail.com

Lide Multimidia

Tecnologia do Blogger.

Open Studio

Search